Milhares de cidades vêm transformando suas práticas democráticas em
direção a uma estrutura mais participativa. Símbolo desse movimento, o
orçamento participativo porto-alegrense hoje é seguido por 15.300
comunidades, as quais procuram responder às demandas dos mais
desfavorecidos, em geral excluídos da gestão local.
[...]
O processo participativo não visa a um ganho utilitarista, e sim à
valorização de cada indivíduo e de suas exigências sem renunciar às
possibilidades de compartilhar espaços coletivos. Para evitar as
armadilhas do utilitarismo liberal, deve-se, em primeiro lugar,
valorizar o componente pedagógico da participação, ou seja, a prática
dos interventores de se transformar por meio da escuta recíproca e da
busca pelo lugar da diferença no processo, o que amplia o conhecimento e
os sentimentos de coletividade e humanidade. Nesse sentido, os “cursos
de autoformação sobre políticas públicas” – que precedem as sessões de
balanço participativo em 75 cidades da Coreia do Sul e também em grandes
cidades brasileiras, como Fortaleza e Guarulhos – são instrutivos.
Essas duas últimas cidades experimentaram os métodos de
ensino-aprendizagem de Paulo Freire, que tendem a evitar a impressão dos
cidadãos de ser “doutrinados” pelos próprios administradores antes de
participar das decisões.
Leia na íntegra.
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