domingo, 24 de fevereiro de 2013

Durante duplicação da Tamoios, aumentam acidentes em Paraibuna



O total de acidentes no trecho de Paraibuna da Rodovia Tamoios é 33% maior no segundo semestre de 2012 se comparado com o mesmo período de 2011. Foi na segunda parte do ano passado que as obras se intensificaram, coincidindo com o aumento da comparação estatística.



Os dados foram obtidos por e-mail junto ao Governo do Estado de São Paulo, pelo Serviço de Informação ao Cidadão - SIC. Esse novo sistema é obrigatório desde maio do ano passado de acordo com a nova Lei de Acesso à Informação. Qualquer cidadão pode solicitar informações aos governos federais, estaduais e municipais por e-mail, sem precisar protocolar ou pagar qualquer valor. O Poder Público tem obrigação de responder em 20 dias, sob pena da lei. Leia mais sobre a Lei de Acesso à Informação em Paraibuna aqui.

O Governo Estadual, por sua vez, forneceu as planilhas por meio da Polícia Rodoviária. Veja a planilha de 2011 e a planilha de 2012. Se vocês observarem a planilha, apenas março de 2011 diverge absurdamente dos demais meses, com quase quatro vezes mais que a média do ano. Naquela época, a Tamoios estava em obras de recapeamento, marcadas por péssima sinalização.


Km mais perigosos

No segundo semestre de 2012, os quilômetros mais perigosos da Rodovia são o 27 (serrinha), 32 (Acesso Sta. Branca), 33 (Acesso Paraibuna), 36 (Caracol) e 38 (Vila Amélia). No caso do km 32, é quase sete vezes maior que no segundo semestre de 2011. Considerando os mesmos períodos, o km 36 quadruplica, enquanto que o 33 triplica.



Mais acidentes graves

De julho a dezembro do ano passado, ocorreu média de 20% mais acidentes que nos 18 meses anteriores. Se compararmos apenas o segundo semestre dos dois últimos anos, como dissemos acima, 2012 tem 33% mais acidentes que 2011. Enquanto isso, há uma aumento de 77% de acidentes graves.



Atuação cidadã

Há risco de esses números aumentarem com a intensificação da obra e retirada dos retornos. Em razão disso, protocolamos, sob o nº 23, uma representação no Ministério Público solicitando que sejam cobradas providências aos responsáveis quanto aos cruzamentos, já sugerindo soluções. Sabemos que está em andamento.

É importante que todo cidadão que se sinta lesado com as obras da Tamoios protocole denúncia no Ministério Público. Na última quarta-feira, em audiência pública, os responsáveis pelas obras pediram que tenhamos paciência, mas não dá. Não podemos colocar em risco nossas vidas, nem nosso patrimônio, trafegando em uma rodovia perigosa ou estradas rurais danificadas pelo maquinário, esperando a conclusão dos trabalhos. Isso é falta de respeito.

E acesse as planilhas para ver dados mais específicos.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Paraibuna está ficando mais pobre, preocupa-se historiador

Para Andrade, Paraibuna é chão firme
Francisco Dias de Andrade é historiador formado pela Unicamp, onde faz doutorado em História da Arte e da Cultura. Há alguns anos, ele se dedica à preservação do patrimônio cultural.

Desde a adolescência, quando morava em São José dos Campos, ele visita Paraibuna, tendo aqui bons amigos. Vem à cidade sempre que pode, principalmente depois que passou a se interessar pelas questões do patrimônio.

Aqui, ele defende a importância do patrimônio cultural de Paraibuna. Afirma que a cidade tem de criar proximidade com sua herança cultural, não tratá-la de uma forma solene e intocável. Só assim para que se preserve a riqueza do passado em harmonia com as novidades, e renovações, trazidas pelo presente – o futuro. Isso pode ter ainda reflexo importante na economia da cidade, em razão do seu potencial turístico. O primeiro passo está num conselho municipal de patrimônio histórico efetivo.

Acompanhe abaixo a íntegra da entrevista. E não deixe de ler o bate-papo com o Eduardo Rennó, onde se dá início a essa discussão sobre a identidade de Paraibuna.

SOLILÓQUIO INSIPIENTE: O que é patrimônio histórico e qual sua importância para a sociedade?
FRANCISCO DIAS DE ANDRADE: Hoje nós preferimos falar em “patrimônio cultural” ao invés de usar o adjetivo “histórico”, que é, de fato, muito limitado, pois passa a ideia de que só o excepcional ou muito velho, antigo de décadas ou séculos, deve ser valorizado como patrimônio. Quando damos preferência ao termo “patrimônio cultural”, conseguimos abarcar uma série de outras manifestações do dia a dia hoje também percebidas como dignas de valorização, como danças, festas, ofícios, produtos tradicionais e até lugares significativos para os grupos que os usam. A sua importância para a sociedade reside justamente no papel que exerce na preservação da memória coletiva, pela enorme capacidade que todos esses bens culturais têm de afetar positivamente as pessoas aos quais falam mais diretamente. Ele mantém vivas as lembranças dos idosos, os ajudando a se manterem integrados na vida comum. Serve como meio pelo qual os jovens podem aprender sobre suas origens e trabalhar suas identidades em construção – o que faz do patrimônio cultural um poderosíssimo material educativo, seja nas escolas, ONG’s ou projetos culturais. Além disso, tem exercido um papel cada vez maior na economia de todas as cidades brasileiras, pelo seu potencial em atrair turistas e visitantes dos mais variados tipos.

SI: E, então, Quais são os patrimônios culturais de Paraibuna, materiais e imateriais?
FDA: Paraibuna guarda testemunhos arquitetônicos importantes da história do Vale do Paraíba, como algumas grandes fazendas de café, das quais a fazenda Boa Esperança é o exemplar mais interessante. Ainda fora do centro urbano, existem lindas capelinhas, esperando para serem reconhecidas como marcos importantes de nossas paisagens rurais. Ainda existem também várias construções no centro histórico da cidade que são muito valiosas, como a Igreja Matriz, a igreja do Rosário, o Mercado Municipal, a casa da Fundação Cultural, isso para falar apenas dos de maior destaque... No campo do patrimônio imaterial podemos destacar toda uma cultura da gastronomia caipira que se mantém viva na cidade, principalmente nas festas. Digo “cultura”, pois não vejo só determinados pratos, como o fogado, sendo servidos a turistas, mas toda uma série de práticas, afetos, pequenos rituais, que acontecem conjuntamente nessas ocasiões. Essa sociabilidade vívida também ocorre em outras manifestações culturais de Paraibuna e, no fundo, é o que importa quando falamos de patrimônio imaterial. Mas até agora falei apenas do que chama mais a atenção daqueles, como eu, de fora da cidade. A verdade é que a preservação começa a ficar interessante mesmo quando as próprias pessoas diretamente envolvidas com aqueles bens começam a opinar e decidir sobre qual é (e qual deveria ser) o seu patrimônio.

SI: Qual a importância, especificamente, de danças como o moçambique ou festas tradicionais dos bairros para a nossa cultura?
FDA: As festas dos bairros e todas as outras manifestações culturais que lá acontecem são importantíssimas para a vida na cidade como um todo. Em cidades grandes, seus habitantes encontram opções de lazer em diferentes regiões da cidade, e assim acabam conhecendo outros lugares, outras pessoas, outros aspectos de suas cidades que não encontrariam em sua vizinhança. Um jovem paulistano que mora na Zona Norte pode ir até os bares da Vila Madalena, e assim se sentir como um participante de sua cidade como qualquer um que more nas redondezas. O mesmo pode ser dito sobre um joseense do Satélite que gosta de ir ao Parque da Cidade ou de um morador da Martim de Sá que prefere pegar praia em Capricórnio. Em cidades pequenas, as festas e eventos nos bairros acabam fazendo esse papel, sendo um dos grandes motivos para as pessoas circularem pelo município, não ficarem só restritas ao centro urbano. Em Paraibuna, onde metade dos habitantes mora na zona rural, esses eventos nos bairros tem uma importância ainda maior, são oportunidades sem igual para festejar, dançar, celebrar sua cultura. E é preciso ver que não se trata só de diversão: mas sim de vivenciar o município, frequentar seus espaços e se deixar afetar por eles, pois estamos falando de uma coisa que é, antes de tudo, afetiva. Sem isso, não existe valorização possível, não há campanha de conscientização que dê conta.

SI: A Fazenda Conceição, tombada pelo IPHAN e CONDEPHAAT não existe mais. O presepista Carlinhos, cujo trabalho é considerado patrimônio imaterial do Estado de São Paulo, morreu no fim do ano passado sem o devido reconhecimento. O fogado, patrimônio histórico-cultural do município, só pode ser encontrado no dia a dia em apenas um estabelecimento. As festas religiosas, tradicionais do município, cada vez menos trazem danças locais, como a congada, ou músicos, como os violeiros. Na sua visão, porque não valorizamos o que é nosso?
FDA: Bom, acredito que esse tipo de “descaso” não é uma exclusividade paraibunense. Quantas não são as cidades que sofrem do mesmo mal? Na verdade, somos ensinados a desejar o que está longe, a valorizar o que ainda não temos. É uma tendência que é fortemente estimulada pela sociedade de consumo e que tem tido consequências nefastas nas nossas relações com nossas comunidades e com nossa herança cultural.
O lado positivo, acredito, é que o desejo pelo que não temos, essa necessidade do distante, são plenamente ilusórios e as pessoas vão acabar percebendo isso uma hora ou outra. Por outro lado, temos também que incentivar as pessoas a aprender a olhar de outra forma para sua herança cultural. Ela é algo tão ruim assim para que queiram de imediato descartá-la em troca dos modos de vida que chegam de longe? E nesse ponto, os que trabalham com o patrimônio precisam reconhecer que temos também grande parte da culpa por tornar a cultura herdada algo tão pouco atrativo, pois o patrimônio ainda é defendido por muitos como se fosse algo sagrado, solene, o altar perante o qual devemos nos ajoelhar. E não é, pelo contrário! Se ele é algo tão gratificante de se envolver é justamente por aceitar bem todos os tipos de respostas que nós lhe damos, até as jocosas.

O caso dos azulejos foi positivo
SI: Você acompanhou o caso dos azulejos da Igreja Matriz em 2011, quando alguns cidadãos paraibunenses se manifestaram contra reformas na fachada da igreja, alegando falta de cuidado com o valor histórico? Como você vê o caso?
FDA: Sim, acompanhei. Acredito que embora esse episódio tenha gerado atritos com a Paróquia e com a Prefeitura, foi algo muito positivo para a cidade. Por mais que queira enfatizar aqui os aspectos construtivos do patrimônio cultural, não podemos ser ingênuos e achar que a preservação é uma ideia tão boa que todos vão concordar de imediato com ela. Nem é preciso. Ela só precisa ser boa o suficiente para que haja alguns dispostos a defendê-la. E aí, é preciso bater o pé e ir para a disputa. E não importa muito se, vez ou outra, nosso lado perca; a cidade sempre ganha.

SI: A conclusão do episódio dos azulejos foi a criação de um conselho de reforma dentro da igreja e um conselho municipal de patrimônio histórico. Embora este último não tenha realizado uma reunião desde então, e esteja ocupado apenas por servidores públicos ou equiparados, sem representação da sociedade, como o cidadão pode atuar na defesa do patrimônio cultural? Como conscientizá-lo?
FDA: O cidadão não vai se envolver com a preservação enquanto nós continuarmos a restringi-la à sua face “intelectualóide” e puramente estética. As “questões culturais” vistas desse modo são sempre tidas como um desatino, algo supérfluo. E continuarão sendo assim consideradas enquanto não começarmos a mostrar que não se trata apenas de um interesse intelectual ou estético, mas sim de um modo de melhorar nossa qualidade de vida, de influir nos destinos de nossas cidades, de construir um bom futuro para todos.

SI: Paraibuna está ficando feia com a derrubada de seus casarões e imóveis antigos na área urbana?
FDA: Não se trata de argumentar se está ficando feia ou bonita. Até porque se tratam de conceitos relativos. Mas posso afirmar que está ficando mais pobre. Explico-me: não podemos negar ao futuro a chance de existir, ou seja, nós temos que dar chance para beleza continuar a se renovar nas nossas cidades por meio de novas e boas construções. Mas, ao mesmo tempo, temos que manter os antigos edifícios de pé, pois eles exercem um papel fundamental em impedir que nossos ambientes urbanos (por menor que sejam!) caiam na mesmice. Hoje sabemos que mais importante que dispormos de uma cidade bonita ou feia, é termos uma cidade diversa. Quero dizer, quando estamos falando de um centro urbano, a melhor medida da beleza é sempre a diversidade. Assim é preciso saber conciliar as duas coisas, o que é plenamente possível.

SI: Na Fundação Cultural, por meio da Comissão de Arquivo e Patrimônio Histórico, começa-se a articular a necessidade de um prédio onde a cidade possa alocar e expor objetos e documentos com valor histórico, o qual futuramente pode vir a se tornar um museu. Qual a importância dessa iniciativa?
FDA: É uma iniciativa de grande valor. Em primeiro lugar, existe a necessidade da cidade de Paraibuna dispor de um prédio apropriado para guardar seu acervo de documentos históricos, que tem enfrentado diversos descaminhos nos últimos anos. Além disso, em todos os países republicanos que se prezem, a primeira geografia que se revela, a primeira história que se narra às crianças pequenas, são as da sua cidade. Isso revela a importância de toda a cidade ter um espaço dedicado não apenas aos fatos e nomes do passado, mas um lugar em que os cidadãos possam desenvolver um olhar afetivo e curioso sobre o lugar em que vivem.

SI: Paraibuna é chão caipira, como diz o slogan da cidade?
Há capelas de Santa Cruz bonitas e bem cuidadas.
FDA: Como tentei dizer acima, a visão de alguém de fora só vai até certo ponto. Acredito que mais importante do que a opinião de um paulistano que mora em Campinas como eu é a opinião dos próprios moradores. Mas para mim, Paraibuna tem sim uma valiosa cultura caipira residindo em seus bairros rurais. Há capelas de Santa Cruz que fazem você querer ser batizado de tão bonitas e bem cuidadas. Mas Paraibuna tem também uma juventude hiperconectada, por dentro de movimentos como o Fora do Eixo. São jovens que tem, inclusive, trabalhado conjuntamente com o pessoal ligado à cultura caipira. Assim, antes de dar um peso muito grande a um simples slogan, prefiro dizer que Paraibuna é chão. E chão firme, capaz de suportar o que quer a cidade escolha para si.

SI: Que medidas deveriam ser adotadas pela sociedade paraibunense e Poder Público para a preservação do nosso patrimônio?
FDA: Um primeiro passo seria tornar o conselho municipal representativo e operante. Um conselho ativo é um ótimo espaço para realizar e reverberar os debates do patrimônio dentro do município. É um modelo que tem dado certo em muitas cidades. Além disso, é preciso, como disse, não separar a preservação do patrimônio das questões mais gerais da cidade como um todo. E a esfera municipal hoje é muito mais aparelhada para isso do que os órgãos de preservação como o CONDEPHAAT e o IPHAN. Desde a criação do Estatuto da Cidade, em 2002, os municípios têm múltiplos instrumentos à sua disposição para pensar essas questões conjuntamente, o que aumenta muito as chances de sucesso de políticas preservacionistas. E ainda que Paraibuna não apresente dinâmicas urbanas tão complexas como as de cidades maiores, são ferramentas que podem ser muito uteis nas resoluções dos problemas da cidade. Tais questões precisam ser debatidas agora, pois, com a duplicação da Tamoios, pode se repetir o impulso demolidor que assolou a cidade na época da primeira ampliação da estrada, na década de 1960. E – talvez o mais fundamental – tem que se mostrar que não se está causando todo esse barulho por nada. Pelo contrário, é uma boa briga. Das melhores que há.

CURTA A FANPAGE DO SOLILÓQUIO INSIPIENTE NO FACEBOOK

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Vereadores de Paraibuna na primeira sessão ordinária


Um Câmara diferente para Paraibuna?

Na primeira sessão ordinária da nova legislatura, os vereadores de Paraibuna prometeram trabalhar, e trabalhar para o povo. Em dia lotado e com algo em torno de 500 acessos on-line, conforme a própria Câmara, a sociedade paraibunense demonstrou expectativa com os trabalhos de novos e antigos legisladores.


Profa. Helô está isolada

Ausente a Profa. Helô (PR), todos os vereadores se mostraram críticos à administração do Prefeito Barros (DEM). Além da oposição petista, Dr. Fernando e Marchelo, a própria base, composta principalmente pelo PSDB, partido do Vice-Prefeito Vitão, criticou um Executivo negligente e com diversas falhas. Nas palavras do vereador do partido do Prefeito Barros (DEM), Daniel Bananinha, repercutida por outros: “O Barros fez um bom primeiro mandato, mas não está fazendo a manutenção”, citando aumento de buracos e crescimento do mato na área urbana.

O vereador Klinger (PTB) bradou que essa legislatura deve afastar a imagem da Câmara como “casa de homologação”. Segundo ele, os vereadores do último mandato, apenas assinavam embaixo do que o Prefeito mandava, liderados pela Profa. Helô. Nesse ponto, Klinger repercute pensamento deste blog em posts como Pra que serve um vereador?.

Ficou evidente que a vereadora do PR está isolada. O grupo dos seis, formado por PSDB mais Klinger e Juninho (PSB), deixou claro que fará frente à atuação dela. Assim, e considerando a oposição petista, a vereadora pode contar, a princípio, apenas com o Daniel Bananinha. Para este blogueiro não ficou clara ainda a composição do Serginho da Eletrônica (PMDB).


Baby nos holofotes

E, através da força do G6, o vereador Baby (PSDB) pode inclusive assumir o protagonismo da legenda tucana no município, sabendo-se que ele pretende voos maiores. A sua votação, perdendo apenas para a Profa. Helô, já evidenciou a sua aceitação na cidade. Depende agora apenas da sua capacidade de liderança, aproveitando a exposição do mandato legislativo. Andar à sombra do Executivo é andar à sombra da Profa. Helô, e já vimos que alguns vereadores que optaram por essa estratégia não voltaram.

Para que a Câmara de Vereadores ocupe o destaque que lhe cabe, é fundamental que o atual presidente, Laurinho (PSDB), recupere a divulgação de atas, pautas, projetos, leis, requerimentos, respostas e contas. A atitude, característica da administração do Klinger, no primeiro biênio da legislatura passada, é inclusive exigência legal, estando o site da Câmara pendente das atualizações exigidas pela Lei de Acesso à Informação.

Desse jeito, contando com a exposição que os atuais vereadores têm em sessão de Câmara, no site e redes sociais e considerando a postura crítica que adotaram em relação ao Executivo, vai ser muito arriscado os administradores continuarem nessa inércia. Está mais do que na hora de prefeito e vice  ouvirem este blog e montarem uma estratégia de comunicação para a Prefeitura voltada para as redes sociais, ou serão ofuscados. A consequência é a redução da influência de ambos nas negociações para a continuidade do projeto a partir de 2016.


João Batista quer a oposição

A sessão ainda contou com a fala do candidato derrotado à Prefeitura e ex-vereador João Batista (PT). Ele usou da palavra para cobrar a adequação do piso salarial do professor ao estadual, que seria maior que o federal. Aparentemente, fazendo-se presente, João Batista quer deixar claro que liderará a oposição nestes quatro anos.

Também usaram a Tribuna Livre, cidadãos como Jamil, por  uma Paraibuna sustentável, Flávio Tiririca, com uma lista de cobranças para acordar o Executivo, e Clovinho, dando as boas vindas aos mandatários.


Vereadores em ação

De qualquer forma, os vereadores parecem querer mostrar trabalho. Todos, como Diego (PSDB) e Miltinho Tomateiro (PSDB), se colocaram a serviço do cidadão. Eles prometeram discutir os projetos de lei de reajuste de servidores, incluindo professores e agentes de saúde, na tentativa de conseguir maiores salários. Além disso, a lista de requerimentos, que há tempos não era tão vistosa, trouxe questionamentos interessantes como utilização de máquinas públicas em serviços particulares, uso de celulares da Prefeitura por familiares de eleitos e qualidade do atendimento da Saúde. Vamos aguardar as explicações do Prefeito.

Agora, temos aí quatro anos para ver se a primeira sessão foi só conversa ou se vão realmente manter os compromissos assumidos durante a campanha e reforçados nessa segunda-feira. Muita água ainda rola por debaixo da ponte. A Câmara deixará de ser “casa de homologação”?

E estamos de olho. Cada vez mais a população de Paraibuna está despertando, usando redes sociais, participando das sessões, cobrando. Assim, a atual composição da Câmara, bem como os cidadãos, promete não facilitar estes próximos quatro anos do Prefeito Barros.

Você que também acompanhou a sessão discorda do que eu disse? Ou tem algum outro ponto de vista a acrescentar? Escreva aí, vamos construir a nossa Paraibuna!

LEIA TAMBÉM
CURTA A FANPAGE DO SOLILÓQUIO INSIPIENTE NO FACEBOOK

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Capivara & Corpo-Seco no carnaval


Mais tirinhas Capivara & Corpo-Seco

Nome próprio da cultura

Mais uma pro debate

Por Vladimir Safatle


No Brasil, os debates sobre ação cultural normalmente pecam pelo medo de afirmar as exigências da cultura em voz alta.

De um lado, há aqueles para quem os investimentos em cultura se justificam por permitir o desenvolvimento da "economia criativa". Nessa visão, cultura é bom porque gera empregos, turismo e desenvolvimento econômico.


CONTINUE LENDO

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Em que tipo de arte você acredita? Ou: a imbecilização da elite

Por Cynara Menezes

Continuando o debate de ontem

O provocativo artigo de Mino Carta na CartaCapital da semana, A Imbecilização do Brasil, me instigou a escrever um contraponto às palavras dele. Discordo de Mino e sei que, ao escrever o texto, sua principal intenção era justamente levantar o debate. Não, não acho que o Brasil tenha se imbecilizado. A questão, para mim, diz respeito ao que se considera arte. Só Portinari é arte? Existe arte “menor” e arte “maior”? Em que tipo de arte você acredita?

CONITNUE LENDO

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Programação do Carnaval de Paraibuna

CLIQUE NA IMAGEM

A imbecilização do Brasil

Por Mino Carta

Há muito tempo o Brasil não produz escritores como Guimarães Rosa ou Gilberto Freyre. Há muito tempo o Brasil não produz pintores como Candido Portinari. Há muito tempo o Brasil não produz historiadores como Raymundo Faoro. Há muito tempo o Brasil não produz polivalentes cultores da ironia como Nelson Rodrigues. Há muito tempo o Brasil não produz jornalistas como Claudio Abramo, e mesmo repórteres como Rubem Braga e Joel Silveira. Há muito tempo…


CONTINUE LENDO

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Bacana é contra a corrupção

O discurso anticorrupção viciou os debates partidários e sociais sobre política. Na verdade é uma máscara para o analfabetismo político. É fácil fugir do debate político ou terminá-lo prematuramente com esse argumento.

Mas também é lamentável como o fim da corrupção é vendido como remédio para todos os males sociais. Se não fosse ela, a educação seria melhor, a saúde seria melhor, teríamos melhores salários, seria o paraíso na Terra.

Concordo, é óbvio, que a corrupção é um mal que deveria ser extirpado. Mas isso é conto de fadas. Ela pode ser controlada e reprimida, através de mecanismos legais e participação social efetiva, mas nunca eliminada. Ela é inerente à condição humana em geral, e não exclusiva de um partido ou uma pessoa.

Assim, a corrupção é apenas um dos espectros da discussão. Cabem aí, projeto, formação, ideologias, transparência – quem discute isso?

Não querer discutir política por causa da corrupção, ou tê-la como a causa de todos os males sociais, é um excelente discurso, que transforma cidadãos preguiçosos e alienados em falsos intelectuais.


Originalmente publicado na minha coluna, Mau Humor, no Jornal Perseguição News de novembro de 2012.

Receba as atualizações do meu blog no conforto do seu e-mail!

Digite o seu endereço de e-mail e clique em "Subscribe":

Delivered by FeedBurner