quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ranking dos salários dos prefeitos das capitais brasileiras

26º
Salvador
João Henrique Carneiro (PP)
R$ 10.400
25º
Teresina
Elmano Férrer (PTB)
R$ 12.193
24º
Rio de Janeiro
Eduardo Paes (PMDB)
R$ 13.299
23º
Natal
Micarla de Sousa (PV)
R$ 14 mil
22º
Cuiabá
Chico Galindo (PTB)
R$ 14.326
21º
Recife
João da Costa (PT)
R$ 14.635
20º
Vitória
João Carlos Coser (PT)
R$ 14.760

PARAIBUNA
A PARTIR DE 2013
R$ 15.000
19º
Fortaleza
Luizianne Lins (PT)
R$ 15.414
18º
Rio Branco
Raimundo Angelim (PT)
R$ 15.474
17º
Florianópolis
Dário Berger (PMDB)
R$ 15.484
16º
Porto Alegre
José Fortunati (PDT)
R$ 15.503
15º
Campo Grande
Nelson Trad Filho (PMDB)
R$ 15.582
14º
Belém
Duciomar Costa (PTB)
R$ 15.976
13º
Goiânia
Paulo Garcia (PT)
R$ 16.099
12º
Porto Velho
Roberto Sobrinho (PT)
R$ 16.510
11º
Boa Vista
Iradilson Sampaio (PSB)
R$ 17 mil
10º
Aracaju
Edvaldo Nogueira (PCdoB)
R$ 17.100
João Pessoa
Luciano Agra (PSB)
R$ 18 mil
Manaus
Amazonino Mendes (PTB)
R$ 18 mil
Palmas
Raul Filho (sem partido)
R$ 19.040
Belo Horizonte
Marcio Lacerda (PSB)
R$ 19.080
Macapá
Roberto Góes (DEM)
R$ 19.294
São Paulo
Gilberto Kassab (PSD)
R$ 20.042
Maceió
Cícero Almeida (PP)
R$ 21 mil
São Luís
João Castelo (PSDB)
R$ 25 mil
Curitiba
Luciano Ducci (PSB)
R$ 26.700

Leia a notícia no site da UOL.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A arte de não ler





Bem, segue-se uma trilogia sobre leitura, que se encerra aqui – acho. Já tratei da importância de ler em “Leia este texto” e sobre a profundidade que nos permite a leitura em “Triste figura”. Agora trato aqui sobre não ler. É tanta coisa, e tanta porcaria, que temos de ser seletivos. Não que não exista a leitura por prazer, mas se limitar a isso, é subestimar tudo o que podemos aprender com um bom livro.

O livrinho da L&PM Pocket “A Arte de Escrever” traz alguns ensaios de Schopenhauer, filósofo alemão, retirados de “Parerga e Paralipomena” - uma das obras mais importantes do pensador, publicada originalmente em 1851.


Literatura para os tolos

Foram interessantes, embora, às vezes exageradas – na minha (talvez não o suficiente) humilde opinião – algumas reflexões que ele fez sobre o ato de pensar, a escrita, a leitura e o mundo erudito de sua época.

Na medida, achei a seguinte frase dele:
Por isso é tão importante, em relação ao nosso hábito de leitura, a arte de não ler. Ela consiste na atitude de não escolher para ler o que, a cada momento determinado, constitui a ocupação do grande público; por exemplo, panfletos políticos e literários, romances, poesia etc., que causam rebuliço justamente naquele momento e chegam a ter várias edições em seu primeiro e último ano de vida. Basta no lembrarmos de que, em geral, quem escreve para os tolos encontra sempre um grande público, a fim de que nosso tempo destinado à leitura, que costuma ser escasso, seja voltado exclusivamente para as obras dos grandes espíritos de todos os tempos e povos, para os homens que se destacam em relação ao resto da humanidade e que são apontados, como tais pela voz da notoriedade. Apenas esses espírito realmente educam e forma os demais.”

É por isso que devemos ter certo receio com os best-sellers; vendem, viram filmes e acrescentam algo? Tantos clássicos para serem lidos, tantas obras grandiosas e tão pouco tempo...


Clássicos e descartáveis

Claro que não vou determinar o quê alguém deva ler, é um critério seletivo pessoal (talvez insipiente...). Lembro-me de uma vez que arrisquei ler “O Iluminado”, de Stephen King... - enredo pessimamennte desenvolvido, personagens pobres demais, coisa porca, mesmo.

Recentemente andei me enveredando por outras obras mais recentes. Novamente não deu. Tenho preferido clássicos universais. É fantástico ler um “Morro dos ventos uivantes” ou “Tocaia Grande”. Realmente, obras que marcam.

Mais importante ainda que ler clássicos, ou assistir a clássicos (aqui falando de cinema), é entender porquê eles devem ser lidos ou assistidos. Além do prazer que a leitura deve despertar, ela tem que trazer reflexão.

Chega de divagações: “Para ler o que é bom uma condição é não ler o que é ruim, pois a vida é curta, o tempo e a energia são limitados.

Parerga e Paralipomena significa algo como Acessórios e Remanescentes.

Schopenhauer, Arthur. A arte de escrever / Arthur Schopenhauer; tradução, organização, prefácio e notas de Pedro Süssekind. - Porto Alegre: L&PM, 2006.

VISITE minha coluna no Guia do Valemais!

sábado, 24 de setembro de 2011

Veradores de Paraibuna desconectados



É compreensível que os vereadores discordem da visão que passei no texto anterior, com o título “Pra que serve um vereador?”. Eles se justificam como trabalhadores na labuta 24 horas por dia pela  causa nobre que escolheram. Bem, mas ninguém sabe o que eles fazem.
Já foi mais difícil se comunicar. Há pouco mais de dez anos, era caro informar. Hoje, não. Com a internet, com blogs, facebook e e-mails, dá para você fazer sua propoganda e discutir seus assuntos a custo zero. O problema é que os políticos de Paraibuna ainda não entraram no século XXI (alguns nem no XX).
No post passado, apenas o Vereador João Batista se manifestou.

  
A rede social

Muitos amigos, e acredito que outros paraibunenses, não sabem sequer quem são os vereadores de Paraibuna. É de assustar, mas é verdade. Toda essa juventude está conectada e sabe quando é o aniversário do amigo de infância que nunca mais encontrou, sabe como seu primo lá no exterior acordou hoje, sabe o que a tia do amigo comeu no café. A rede social permite tudo isso. Esse pessoal poderia ser retirado dessa apatia de hoje, que já tratei em “Juventude paraibunense transviada”, se os politizados o chamassem à discussão.
O político que vai conquistar essa juventude ainda vai surgir. Ele terá facilidade em se comunicar pela internet. Discutirá política em seu blog, atraindo a atenção dos paraibunenses, terá um perfil ativo (não só de futilidades), terá uma rede de e-mails para se comunicar.
Todo o mundo vai saber quem é ele, o que ele faz, o que ele pensa. Uma campanha eleitoral desse candidato será mais barata e efetiva, pois ele já será conhecido. A base dele será a juventude conectada. Para que fazer sua auto-propaganda em apenas dois meses, se pode fazer isso durante os quatros anos? E ainda sem gastar?


Um nova política

A oposição poderia sair desse estado catatônico, como já comentei no texto “A indisposição paraibunense”.
Deve-se superar o medo de se manifestar na cidade, como apontei em "Paraibuna se debate".
Quem já deu um passo nesse sentido é o Vice-Prefeito, Vitão, único político com blog em Paraibuna, o Blog do Vitão. Claro que ele precisa avançar um pouco mais, ao começar a expor suas ideias ao debate franco na rede. Por enquanto, ali é apenas vitrine da atual administração.
Bem, se é difícil ser vereador, se ninguém reconhece seu trabalho, se a vida é dura, comunique-se. Debata suas ideias e seus projetos na rede, alcançando um público bem maior que a sua família e a meia dúzia que assiste às sessões da Câmara. Alguém vai sair na frente...

P.S.: Fui informado por um leitor que o Daniel Bananinha tem blog, embora desatualizado. Veja aqui. (Atalizado em 28/9/2011)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Para Entender a Marcha contra a Corrupção

Alguns de nossos alunos ficaram confusos sobre qual posição adotar a respeito da chamada “Marcha Contra a Corrupção”, patrocinada e incentivada por nossos aliados, e realizada no dia 7 de setembro.
* * * * *




O blogueiro da “Veja”, Reinaldo Azevedo, comemorando a adesão ao seu lema pelos participantes da marcha:


* * * * *
A confusão procede: uma ação mais incisiva contra a corrupção poderia chegar a setores nada recomendáveis. Mesmo a aparentemente inócua (para o “nosso lado”) CPI da Corrupção, apoiada por eminentes oposicionistas, …

… poderia ser desvirtuada pela convocação de notórios corruptores, colocando em risco alguns dos principais financiadores do “nosso lado”.
Vamos, então, aos esclarecimentos necessários.

CONTINUE LENDO.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Triste Figura



No texto anterior tratei que a literatura é capaz de nos ajudar a entender a alma humana. Já citei aqui um filme fazendo isso - Todos os homens do rei. Abaixo, trago um texto meu sobre Dom Quixote, onde "filosofo" sobre questões semelhantes.

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"O Engenhoso Fidalgo D. Quixote de La Mancha" conta a cômica história de um fidalgo que, de tanto ler romances de cavalaria, fica louco, e resolve sair pelo mundo como cavaleiro andante, com seu fiel escudeiro, Sancho Pança, em busca de aventuras. O primeiro volume, escrito por Miguel de Cervantes há pouco mais de 400 anos, é considerado a obra inaugural do romance ocidental moderno. É tido por muitos críticos como o maior romance já escrito.

Na quarta capa da edição da Editora 34, Dostoiévski afirma que D. Quixote é a mais grandiosa e acabada expressão da mente humana. Depois de quase 700 páginas de uma leitura nada mais que aprazível, entendi o que ele queria dizer. Apesar de achar que não compartilhamos (Dostoiévksi e eu) da mesma visão da humanidade.


Desculpas inventadas

Quase para o final do livro, D. Quixote, louco, é preso por amigos em uma frágil jaula, para que possa ser levado de volta à sua casa. No intento de impedir-lhe a fuga, esses amigos inventam que a jaula é encantada, assim, o cavaleiro não poderia escapar. Sancho Pança resolve, então, alertá-lo de que não há feitiço algum, e que D. Quixote poderia escapar quando quisesse. Daí, surge o discurso mais importante deste primeiro volume das aventuras do Cavaleiro da Triste Figura: "Eu sei e tenho para mim que estou encantado, e isto basta para a segurança da minha consciência, e muito a carregaria se eu pensasse que não estou encantado e me deixasse estar nesta jaula preguiçoso e covarde, negando o socorro que poderia dar a muitos desvalidos e necessitados que, ora agora, devem ter precisa e extrema necessidade da minha ajuda e amparo.” (pp. 681 e 682)

Aqui se desfez aquele virtuosismo com o qual o personagem foi para mim apresentando e representado durante todos esses anos. Vi em D. Quixote o egoísmo humano. Realmente, o que considero a condição humana.

No início do livro, o fidalgo não sentia fome, não sentia tristeza, não tinha obrigações, nem de padre, nem de barbeiro, nem de nada, tinha um vazio. Por não acreditar na vida que se dá, inventou uma vida.

Tendo uma boa condição, o que ele fez durante toda a sua vida, até então, para ajudar a humanidade? Nada. Gastou dinheiro e tempo lendo romances de cavalaria.

As pessoas morriam de fome. Os desvalidos eram injustiçados. As donzelas eram violadas.

De repente, fica louco e resolve ajudar a humanidade. Como? Da maneira mais inútil possível.

As pessoas continuam morrendo de fome. Os desvalidos continuam injustiçados. As donzelas continuam a ser violadas. D. Quixote só traz o humor a temperar.

Ele sai pelo mundo fazendo aquilo que quer que seja o certo. Nessa visão egoísta, muita coisa errada é feita, muita gente é prejudicada.


O quixote em nós

Assim caminha a humanidade. Cada quixote ocupa-se com os seus próprios moinhos de vento, seus próprio valentes biscainhos, seus próprios magos Frestão. Desta forma, tem a sua consciência confortada enquanto vê uma criança morrendo de fome, um idoso na fila do hospital, troca de tiro na favela.

O quixote foge do seu papel social, foge das suas responsabilidades. Fecha-se no seu mundo. E não adianta discutir, ele não quer ouvir. É um covarde. Não há raciocínio. Mesmo que veja, mesmo que tudo esteja claro à sua frente, ele inventa uma interpretação atabalhoada, na qual ele vai acreditar, pouco importando o que os outros pensam. E quem pensar diferente, pouco importa o argumento, é louco, é mentiroso, é inimigo. A realidade é moldada àquilo que o quixote quer que seja.Essa é a grandiosa e acabada expressão da mente humana representada no livro, no personagem. Não um valente e ingênuo homem contra o invencível mal no coração dos homens, mas o próprio mal do coração dos homens.
- Cervantes Saavedra, Miguel de, O engenhoso fidalgo D. Quixote de La Mancha, Primeiro Livro; tradução de Sérgio Molina; gravuras de Gustave Doré. - São Paulo: Ed. 34, 2002. 736p.
- Dom Quixote e Sancho Pança, de Pablo Picasso, 1955.


Visite minha coluna no Guia do ValeMais.

domingo, 18 de setembro de 2011

Para que serve um vereador?


Na última sessão da Câmara Municipal de Paraibuna, os vereadores aumentaram o subsídio (salário) deles em 30%. Acredito que não houve excesso, sendo o valor razoável. De qualquer forma, alguns paraibunenses ficaram indignados.

Desde a legislatura retrasada, os vereadores não tinham o subsídio reajustado. A partir de 2013, ele passará dos atuais R$ 2.200,00 para R$ 2.900,00 mensais – valores aproximados.

Concordo com as palavras da vereadora Professora Helô: o reajuste é razoável ao acompanhar as correções do funcionalismo municipal. Até o momento, os servidores da Prefeitura já tiveram um aumento de pouco mais de 16%, e a promessa é de novos reajustes nessa proporção. Ao fim deste mandato do Prefeito Barros, somaria, realmente, algo próximo a 30%. É questão de acompanhar.

Mesmo seguindo esse raciocínio matemático, a população mantém-se indignada. É sempre assim quando se fala em aumento de salário do Legislativo – municipal, estadual ou federal. Vejo aí alguns motivos.


Fazer leis e fiscalizar

Primeiramente, mas não o mais importante, é costume de vermos aumentos descabidos praticados pelo Congresso Nacional, em total dissonância com os salários das classes trabalhadoras. Aí, o tema está sempre evidente na mídia nacional de forma negativa. O mesmo ocorre em legislativos estaduais e municipais.

Mas vejo como fator fundamental para a essa revolta popular a perda de identidade do Legislativo. Resumindo: Para que serve o vereador? (e deputados e senadores?) É esta pergunta que o cidadão não consegue responder – nem os mandatários.

A função deles é, basicamente, fazer leis e fiscalizar o prefeito.

Quantas leis os nossos vereadores fizeram? Na resposta, devemos excluir as leis para nomes de ruas e outras que não trazem benefícios sociais. Aqui em Paraibuna, pelo que acompanho da Câmara, são poucas. A maioria das leis, e isso até por imposição constitucional, são do Poder Executivo.


Despachadores do Prefeito

E como fiscalizar o prefeito se quase todos ali são do mesmo grupo político, e os demais estão ofuscados? (Veja o que já escrevi sobre a oposição)  Quase não há senso crítico para avaliar as ações do Prefeito. E diversas vezes os vereadores defendem a Prefeitura como se estivessem defendendo a si próprios (e não estão!?). Eles mesmos são responsáveis por uma confusão entre a figura do Poder Executivo e do Poder Legislativo. A Câmara Municipal vira mera ante-sala da Prefeitura, apenas para despachar os atos do Prefeito. Quem falou das contas públicas de 2009?

Muito da fiscalização deveria ocorrer nas audiências públicas, o que não é o caso na cidade, como já disse.

Fazer indicação não é justificativa para a atuação do vereador. Indicação é um ato pelo qual o vereador dá um “toque” no Prefeito para fazer alguma coisa. O Prefeito não tem obrigação de fazer, se justificar ou responder. Oras! Dar “toques” no Prefeito, qualquer cidadão pode fazer.

A culpa desse modelo não é dos nossos vereadores, claro. O Poder Legislativo, de modo geral no país, encontra-se engessado pela sua atual formatação. A busca de um novo modelo deveria ser preocupação dos cidadãos e, principalmente, deles, os legisladores. Se tem que fazer leis e não fazem, se tem que fiscalizar o Prefeito e não fiscalizam, como justificar para o povo que mereçam salários?

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A democracia está sendo transformada pelas redes sociais

 Entrevista especial com Ronaldo Lemos

Um novo modelo democrático pode emergir a partir das redes sociais porque há uma demanda mundial por transparência nos sistemas político, econômico e social. Esse processo já está em curso e é potencializado a partir da democratização do acesso à internet. O fenômeno avança, segundo Ronaldo Lemos, porque “a política não se confunde mais com o sistema político tradicional, especialmente com sua organização institucional em partidos políticos”.


Diferentemente das manifestações que se sucedem na Europa, Lemos frisa que o potencial de mobilização brasileiro nas redes sociais ainda não se concretizou porque a economia e a política estão estabilizadas. “Mas aos primeiros sinais de desarranjo ou tensão social mais pronunciada, podemos ter certeza de que veremos esse potencial realizado. Sem perceber, os brasileiros estão aprendendo o be-a-bá do ciberativismo nas suas práticas cotidianas na rede”, constata.

Na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por e-mail, Lemos enfatiza que a participação de estratos sociais das classes C, D e E nas redes sociais “terá um impacto cada vez maior na política”. Isso porque, hoje, as 109 mil lan houses existentes no país contrastam com “2,5 mil salas de cinema, 5 mil bibliotecas públicas ou 2,6 mil livrarias”.

Ronaldo Lemos é diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, e diretor do Creative Commons Brasil. É professor visitante na universidade de Princeton (nos EUA), professor titular e coordenador da área de propriedade da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro. Fundador do Overmundo, pelo qual recebeu o Golden Nica do Prix Ars Electronica na categoria Comunidades Digitais. Foi presidente do iCommons de 2006 a 2008, organização voltada ao compartilhamento de conteúdo online.

Confira a entrevista.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A nova Tamoios



Filipe Manoukian
São José dos Campos 

Ainda recheado de incertezas e ceticismos, o projeto de duplicação da Rodovia dos Tamoios (SP-99) começou a ganhar corpo. Ao menos, a promessa deixou o campo das ideias para se tornar um desenho palpável, à primeira vista arrojado. A duplicação prevê a construção de uma nova pista ascendente no trecho de serra. O objetivo é que o atual traçado, famoso pela sua sinuosidade, seja usado somente por aqueles que estiverem a caminho da praia. Na hora de subir a serra, a novidade: o motorista se deparará com uma pista totalmente nova, quase sem curvas, constituída inteiramente por túneis e viadutos.

É a primeira vez em quase 17 anos que a duplicação da principal ligação entre o Vale do Paraíba e o Litoral Norte excedeu os limites de um discurso, transformando-se em engenharia, com desenhos, planilhas e números. A obra é promessa recorrente dos governos tucanos no Estado desde 1995. Antes de assumir o Palácio dos Bandeirantes pela segunda vez, em janeiro deste ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) –político com berço eleitoral em Pindamonhangaba– garantiu que uma das prioridades em sua gestão seria viabilizar a duplicação.

A inspiração para o novo trecho de serra da SP-99 veio do traçado da Rodovia dos Imigrantes (SP-160), principal acesso entre a capital paulista e a Baixada Santista. A engenharia do projeto, baseado em túneis e viadutos, é conhecida como “obra de arte viária” entre especialistas. O esboço da futura Rodovia dos Tamoios mostra que na nova pista do trecho de serra, que terá 17,6 quilômetros de extensão, serão construídos cinco túneis (que juntos totalizarão 12,6 quilômetros) e outros nove viadutos (com 2,3 quilômetros de extensão). Ou seja, 71,5% do novo traçado serão compostos por túneis e 13% por viadutos.

Fonte.

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