Luciano Midlej |
Um governo
transparente é muito mais do que dar publicidade a documentos. Isso
não devemos confundir. Mas os governantes confundem, talvez por
conveniência.
O Princípio da
Transparência ganha evidência com a Lei de Responsabilidade
Fiscal (Lei Complementar 101/01). Veja seu artigo 48:
Art.
48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais
será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos
de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer
prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o
Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos.
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante:
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (…)
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante:
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (…)
Da
leitura do artigo percebe-se que não basta o administrador público
fazer audiências públicas na Câmara Municipal às 14h de um dia da
semana. Critico bastante isso aqui, como, por exemplo em “Paraibuna, uma oligarquia?”.
Não basta dizer que o documento está acessível na Prefeitura, e é
só ir até lá pra ver, ou mesmo que está nos jornais e tal. Já
falei que a Prefeitura não é casa de comadre no texto “Paraibuna opaca”.
Audiência pública é para ouvir quem?
Audiência pública é para ouvir quem?
O
Prefeito tem que tornar acessível os documentos. O que é isso? Não
se fala somente em acesso físico, é acesso intelectual. É dever da
Prefeitura que o cidadão entenda o que ela diz. Assim, uma audiência
pública com um técnico contábil basta?
Outra,
é dever do administrador incentivar a participação popular. Logo,
se os meios usuais nãos estão bastando para trazer o cidadão às
audiências, novos devem ser pensados. É dever da equipe do Prefeito
pensar nisso. É dever do Prefeito cobrar isso!
Talvez
tudo isso seja reflexo da dificuldade que Paraibuna tem debater a si
mesma, como mencionei em “Paraibuna se debate”.
Elogio a qualidade da audiência pública da Tamoios, que deveria nos servir de exemplo, em Duplicação da Tamoios - A audiência pública.
Elogio a qualidade da audiência pública da Tamoios, que deveria nos servir de exemplo, em Duplicação da Tamoios - A audiência pública.
Bem,
e quem encontrar os documentos fiscais, como listados no artigo na
internet, ganha um doce.
É
isso, transparência é mais do que publicidade. Quando o
administrador público não cumpre isso, ele não cumpre a lei.
2 comentários:
É lamentável o descaso que os políticos tem com a população. De forma que só prejudicam o desenvolvimento dos municípios buscando sempre o bem próprio. O que entristece mais é lembrar que a própria população o elegeu e nem sequer lembra seu nome. Como cobrar então?? fica a questão.
Ei, valeu pela participação. Realmente, temos de pensar nosso papel como cidadão.
Abraço.
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