O jornal O Paraibunense
realizou neste fim de ano uma ótima entrevista com o Prefeito reeleito Barros.
O bate-papo contou com questionamentos atuais, que estão repercutindo nas ruas
e redes sociais, e teve respostas abertas e francas do Prefeito. Porém,
merecendo algumas considerações. Assim, a entrevista do jornal é uma ótima
oportunidade para fazermos uma retrospectiva do blog Solilóquio Insipiente.
O ano em que saímos de
férias
O blog começou o ano
“entrando de férias” no post Os postes no meio da rua da Democracia de Paraibuna.
A ideia era evitar os debates mais acalorados do período eleitoral, os quais
poderiam até por em xeque a credibilidade deste espaço.
No mesmo dia da
eleição, voltei com tudo em Quem ganha com as eleições-2012 em Paraibuna,
divulgando o resultado do pleito e registrando esperanças. Os eleitos e não
eleitos ainda foram tema dos posts Os novos vereadores de Paraibuna e O meu candidato para Paraibuna.
Neste último, discorro sobre o que fazer da vida aqueles candidatos que não
“levaram” a Câmara.
Enquanto isso, já estão
falando da sucessão do Barros. Isso foi assunto em O Paraibunense e já foi na
rede social e aqui no blog em Professora Helô não pode ser candidata a prefeita de Paraibuna.
Podemos ver que o Barros compartilha da mesma opinião do blog.
Rumo incerto
Falta de grana no
período pós-eleitoral também gerou muita discussão por aqui nas séries de posts
Paraibuna no vermelho-terracota.
Foi derrubado o mito criado pela prefeitura de que a falta de dinheiro se
devia exclusivamente pela diminuição de repasse do Fundo de Participação dos
Municípios. Dê uma olhada lá, era o argumento da prefeitura no Jornal O Vale.
Agora, em O Paraibunense, trouxeram uma nova justificativa: o fim das obras da
Gastau. Claro que o governo não pode ter poupança, mas pode e deve ter
planejamento. O que nos falta. Se sabiam que a Gastau ia embora e que a fonte
secaria, dava para termos nos programado para um fim de ano menos vexaminoso.
Afinal, é isso o que fazemos na nossa casa: planejamento.
E, mais uma prova da
força das redes sociais, foi só terem voltado atrás no corte das gratificações
após a divulgação de um artigo jurídico dizendo que isso era ilegal.
Passado o período pós-eleitoral, entrando o novo ano, o Prefeito já afirma que
haverá cortes.
Não dá para as finanças
do município dependerem das megaobras federais e estaduais, como o gasoduto e
duplicação da Tamoios. Isso evidencia a falta de planejamento que já tratamos
em Paraibuna sem projeto.
Outro exemplo dessa
política sem rumo certo é o prédio que está sendo feito em frente ao Cerqueira
César. Ou o prefeito se expressou mal ao jornal O Paraibunense ou estão
investindo o dinheiro numa obra que não sabem ainda pra que serve: “em breve
estaremos definindo a melhor utilidade”. Pode isso?
Por outro lado, é muito
animador vislumbrar a possibilidade de Paraibuna, enfim, ter o tratamento de
esgoto, como afirmado em consequência às exigências da criação da Região Metropolitana.
Nosso povo tem valor?
Um mérito da
administração é o debate público realizado na Fundação Cultural sobre o
carnaval 2013. Lá é o local mais democrático para isso. Sabemos que isso é circunstancial em razão da falta de dinheiro
para um carnaval megalomaníaco, mas é a oportunidade do cidadão participar da
organização. Em Um carnaval Paraibunense trouxemos algumas considerações, inclusive entrevistando o músico paraibunense
Eduardo Rennó.
A ideia é que o debate
sobre a identidade municipal se estenda por 2013, visto que isso pode trazer
reflexos benéficos não só culturais, sociais, como econômicos, de modo que
fiquemos menos dependentes das obras da Gastau e outras do gênero. A
necessidade dessa reflexão para o povo paraibunense foi abordada em Falta rumo ao carnaval paraibunense.
Inclusive tratamos dos desafios a serem enfrentados pela nova diretoria de
turismo, esporte e lazer, que não pode ficar inerte a esse debate.
Já a falta de respeito
demonstrado com o presépio foi lamentável. Uma tradição de três décadas foi
abandonada por picuinhas internas da Prefeitura. A administração já afirmou pra
mim que não ofereceram o presépio ao Carlinhos porque ele estava doente. Agora,
na entrevista, teria sido pela falta de dinheiro. Não há um discurso uniforme.
E, infelizmente, numa triste coincidência, perdemos o nosso presepista às
vésperas do Natal. A gente se despediu dele em Carlinhos, um paraibunense que tem valor.
Mais homenagens estão sendo preparadas aqui. No domingo 30, por sinal, será
realizada a missa de sétimo dia do artesão.
A doença do Prefeito
Na entrevista, o Barros
ainda aborda de forma corajosa a doença pela qual está passando: depressão.
Aqui registramos o nosso respeito por essa fase pela qual passa em sua vida,
nos pondo a disposição para ajudar no que for possível. A depressão é uma doença
muito difícil de ser suportada, podendo ter diversas causas. Ela sofre grande
preconceito da sociedade, o que torna mais difícil ao paciente suportá-la. Por
isso, separamos sempre aqui o homem público da vida pessoal e registramos
sincero desejo de melhora.
Transparência para
paciência
Encerrando a conversa
com o jornal, o prefeito pede que tenhamos paciência com ele. É tudo o que
queremos, ser pacientes, mas, para isso, a administração precisa ser
transparente. Defendemos isso incansavelmente aqui em texto como o Enquanto isso, em Parahybunda....
Também já explicamos como fazer isso em Lei de acesso à informação vale para Paraibuna.
Essa lei, assim como a de responsabilidade fiscal na parte, em especial, sobre
a transparência em audiências públicas, ainda são utopias nesta cidade.
Com o cumprimento
dessas leis, com mais transparência, com mais entrevistas como a dada ao jornal
O Paraibunense, o cidadão poderá se informar e se sentir integrado à
administração pública como um parceiro, compartilhando dúvidas e decisões. E
como dar mais entrevistas como essas? Simples. Reiteramos a ideia de um blog do prefeito, mantido pela assessoria de comunicação, com atualização periódica (no
mínimo semanal), permitindo a qualquer um enviar e ter suas perguntas
respondidas facilmente na área de comentários. Se até a Presidenta da República
consegue criar esses espaços, por que aqui não?
Um ano acabou, outro está no forno
Assim, 2012 chega ao
fim e o mundo não acabou de novo. Em 2013 espero ser mais lido, mais debatido e
mais criticado. Não quero aqui ser o dono da verdade, mas contribuir com um debate
público onde quem vence é a cidade. Para isso, conto com os colegas dos demais
blogs, as iniciativas de fanpage no Facebook e a participação dos demais
concidadãos.
Para todos, e para
Paraibuna, um feliz e próspero 2013.
Que possamos aprender mais juntos e
evoluir cada vez mais.
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