A Fundação Cultural se tornou um dos poucos espaços públicos de efetiva participação democrática em Paraibuna. A sociedade realmente é chamada para se manifestar e as decisões são executadas pela diretoria administrativa. Além disso, a transparência dos trabalhos pode ser constatada com a publicação das contas no site.
Conhecendo a Fundação Cultural
A Fundação Cultural é o órgão executivo da política cultural do município. A finalidade é apoiar artistas, proteger o patrimônio cultural e permitir o acesso a bens culturais. Os rumos da fundação são definidos pela sociedade por meio das comissões setoriais (música, teatro...), e executados pela diretoria administrativa. Numa história em quadrinhos, explico melhor o funcionamento – leia aqui.
Nova Sucupira
O início da relação da sociedade organizada na Fundaçao Cultural com a atual administração, em 2009, foi conturbado. Barros, quando assumiu a Prefeitura, pressionou para que o Diretor-Presidente à época, William Joseph Gomes, renunciasse, bloqueando o repasse de verbas. Relembre aqui.
O caso ficou conhecido como “Nova Sucupira” no jornal Valeparaibano, em referência aos desmandos de Odorico Paraguaçu em “O Bem Amado”. Presidente da Câmara à época, o Vereador Klinger mostrou sua alienação em relação aos trabalhos culturais, inclusive ameaçando fechar a Fundação, evidenciando ser contrário ao investimento em cultura que se fazia. Relembre aqui. Já o Prefeito explicou em entrevista ao jornal que “quem perde a Prefeitura, perde tudo”, reveja a matéria.
Mas quem escolhe o Diretor-Presidente da Fundação, com mandato de dois anos, é a sociedade organizada lá dentro, a qual indica três nomes ao Prefeito, que escolhe um.
A pressão funcionou, e nomes simpáticos ao Prefeito tiveram que ser pensados pelos paraibunenses que participavam da fundação para se evitar o agravamento do conflito. A excelente administração do William foi interrompida de forma triste. Foi uma derrota da democracia. Acompanhe.
A atual presidência
Pois bem, passado o tempo, o clima lá é outro. Na sequência da administração de Sandro Possidônio, Rafael Ribeiro foi um dos três nomes indicados ao Prefeito pelo conselho deliberativo. Além do voto de confiança que lhe foi dado pela sociedade participante da Fundação, sabia-se que o nome dele era agradável ao Prefeito. A ideia era preservar o trabalho cultural da Fundação.
Rafael deu continuidade aos avanços culturais e democráticos que a entidade vem conquistando desde o seu início, juntamente com o ótimo trabalho de pessoas como o Fábio, Márcio, Roni, Célio, e outros colaboradores. A sociedade é incentivada a participar por meio das comissões setoriais, as decisões são tomadas pelo conselho deliberativo e respeitadas. Importantes resultados vêm sendo obtidos tanto em relação ao artista quanto à população e o acesso à cultura. Além disso, a transparência: é o único órgão público que permite acesso às contas (balancetes) pela internet.
A Prefeitura vem dando o respaldo necessário às atividades, respeitando, geralmente, o que lá é decidido. O repasse de verba está assegurado. O que não falta a essa administração é dinheiro. Veja aqui.
A fundação aos poucos também vai caminhando para sua total autonomia, que somente será conquistada quando não depender mais do repasse exclusivo do Executivo. Para essa conquista é necessário o esforço não só dos atuais participantes, mas de novos.
Para onde vai a cultura
Porém, a Prefeitura ainda vacila em política cultural. Relembre o caso da Igreja Matriz, ainda sem conclusão e o caso do Teatro de Paraibuna , sem esclarecimento da Prefeitura.
Mais não é feito porque, apesar das portas abertas, o paraibunense quer cerveja, como tratei aqui e aqui.
De qualquer forma, se você tem críticas à política cultural de Paraibuna, ou sugestões, pode aparecer por lá, procurar a sua comissão e se manifestar. Você será respeitado.
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