Os Malvados, de André Dahmer |
Anuncio aqui as férias coletivas do departamento de política
paraibunense do blog Solilóquio Insipiente até outubro, após as
eleições. O debate político que começa é o de pior tipo. Por
isso, estou fora.
Soa meio estranho dizer isso logo depois do que escrevi no último post
Minha voz em Paraibuna,
mas vocês vão entender... acho.
O propósito do que faço aqui é a discussão política “feijão
com arroz”, do dia a dia. É a cidadania. Não quero derrubar o
Barros. Não quero que a paixão impeça a reflexão sobre o que
escrevo.
A oposição
De um lado, começa a surgir a oposição.
Há gente bem intencionada, apontando problemas reais. Mas que se excede, transformando tudo na luta do bem contra o mal. Estes devem ter mais cuidado, sendo menos agressivos e mais argumentativos, para não perderem a credibilidade. Troca de ofensas no Facebook não é saudável para um debate político.
Por outro lado, há o grupo oposicionista. Este é oportunista. Até
agora não deu as caras, e está usando os cidadãos acima como “boi de
piranha” na batalha política.
Que ideia defende a oposição? Ainda não sabemos. E foi assim
também quando o atual grupo entrou no poder. Lembro na última campanha política os então candidatos dizendo que apresentariam seu projeto
somente depois que ganhassem. Mesmo assim, ganharam.
Na verdade, o grupo oposicionista quer apenas derrubar quem está aí.
Não tem projeto para a cidade. É a eterna disputa pelo poder dos
grupos paraibunenses. O povo é apenas massa de manobra. Já falei da
oposição em A indisposição parabunense.
E, aguardem, quando virem a composição da oposição verão que não
diferenciam em nada no grupo que está na administração hoje.
Simpatizantes
Já a situação está cercada de uma massa de simpatizantes
acríticos. É o que vemos no Facebook bajulando o Vice-Prefeito. São
incapazes de entrar num debate político. Costumam rotular
de oposição qualquer um que apareça com espírito crítico, e
deixam de prestar atenção no discurso e de debater ideias.
Esse grupo é extremamente nocivo ao líder político. Cercado por
eles, o administrador perde também a autocrítica, e vive numa “ilha
da fantasia”, acreditando que nunca antes na história desta cidade
se fez um governo tão bom, tão fantástico, tão "tudo de bom"...
Mesmo os simpatizantes do Prefeito e sua administração tem de ter o
senso crítico de apontar os defeitos e, assim, realmente ajudá-lo.
Nem todos que criticam são inimigos, nem todos que elogiam são
amigos.
A administração do Barros
O grupo no poder vive o seu autismo. É incapaz de se comunicar com a
população, e só dá ouvidos aos bajuladores acríticos que o
cercam. Rotulam os cidadãos insatifeitos de oposição e acham que
assim não devem dar qualquer explicação. É a pior estratégia.
Enquanto não entram com uma plano de comunicação do século XXI,
os insatisfeitos estão nas mídias sociais listando um monte de
supostos defeitos e irregularidades. Várias dessas discussões
poderiam nem ter nascido se a administração respeitasse a população
em geral.
Custava terem se adiantado e explicado porque os postes estavam na
rua no Cuba? E, depois que as críticas surgiram no Facebook, custava
participar do debate explicando e provando documentalmente o que
estava acontecendo, demonstrando respeito? Tiveram que esperar o fato
ir para a tevê, fortalecendo os insatisfeitos e a opoisção. Por
que a Vanguarda merece respostas e o povo não?
É assim que grupos caem.
Um grande estrategista de comunicação foi o Ex-Presidente Lula.
Conseguiu falar com situação e oposição, destruindo essa última
e conquistando uma sobrevida ao petismo no Governo Federal que vai
longe. E, aos poucos, vai se estendendo a governos estaduais e
municipais. Além de Lula ter feito um bom governo nacional, teve uma ótima
estratégia de comunicação. E não! Não estou fazendo propaganda
do PT de Paraibuna. Longe disso...
Outra dica para o Prefeito: Blogs e Facebook poderiam ser usados como
meios diários de comunicação interativa. É isso o que falta, uma
estratégia de comunicação interativa! Limitar-se ao site oficial e
revista trimestral (os quais têm o seu propósito) está
ultrapassado. Já dei essa ideia em Conectando Paraibuna, uma ideia para o prefeito.
Um dia eu volto
Não quero que a oposição use meus posts para tentar derrubar o
Barros. Não quero que a situação rotule meus textos de
oposicionistas, sendo incapaz de refleti-los. Também não quero
cometer excessos no calor do debate.
Volto depois que a poeira abaixar. Política foi feita para se
discutir todos os dias, e não apenas em ano de eleição. Pra mim,
pode vencer a eleição quem for, que não vai mudar nada. Se
continuarmos com essa nossa “cidadania” medíocre, não há
político que evolua essa cidade.
Aos que ficam, peço senso crítico e parcimônia. Debatam ideias,
não pessoas.
Precisamos de mais cidadãos, políticos já temos o suficiente.
3 comentários:
Otima decisão Rogerio. Infelizmente nós paraibunenses, de um modo geral, perdemos o bom senso na época de eleição. Denegrimos amigos e parentes do dia a dia para granjear simpatias com os eventuais candidatos, esquecendo-se do convivio diário. As discussões tornam-se insalubres e muitos apelam para particularidades pessoais esquecendo-se do exercio de cidadania na escolha de nossos mandatários. Lamentamos mas temos consciencia de que isso não é privilégio só de nosso municipio. O mal é nacional...
J.V.
Como sempre preciso em sua análise, no entanto, acho fragil a justificativa do desvio de finalidade. Discutir política local de forma crítica também é exercício de cidadania. E mais, hoje seu blog ocupa um status de midia local, equilibrada e sempre baseada em muita honestidade e respeito. Ter este status trás ao Blogão maior responsabilidade em relação a contéudo e cuidado com as relações de interesse, no entando, és fomentador de reflexões/discusões que não tem vez fora da “rede”. Julgo responsável continuar a linha crítica e esclarecedor. Sinto!
Rogério muito bom seu comentário, sou nascido e residente aqui, essa cidade é assim. Você não pode emitir comentário qualquer sobre a política municipal que podera ser taxado de oposicionista, nossos representantes políticos vêem nos eleitores se eles são contra ou a favor do que governa a cidade, opiniões, críticas,eles não entendem e acham que o cidadão não tem o direito de expressar-se e ainda são capazes de persegui-lo.
Isso é antigo na cidade,não é de hoje e infelismente mesmo com os jovens entrando no cenário eleitoral ,isso ainda persistem em Paraibuna.
Vote-se em Paraibuna pela amizade do candidato e não por sua qualidade política e assim a vida segue......
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