Patrícia Araújo
Do G1, em São Paulo
O delegado Marco Antônio Ferreira Lopes, do 6º Distrito Policial de Jundiaí, a 60 km de São Paulo, disse nesta quarta-feira (2) que a investigação sobre a casa no Jardim Bizarro, em que foi encontrado sangue em vários cômodos, está concluída. O caso foi encerrado com a divulgação do resultado do DNA feito em amostras colhidas na casa. O exame constatou que o sangue pertencia à idosa de 65 anos que mora no lugar.
Lopes afirmou, porém, que, mesmo antes do resultado do DNA, já sabia que o sangue era da moradora. Ele contou que havia feito um exame de corpo de delito na mulher e no marido dela, um aposentado de 71 anos que também vive na casa, entre os dias 22 e 23 de junho. “Dois dias após o surgimento do sangue, já desconfiávamos que era dela. Eu passei um dia na casa deles e só não sabia se o resultado do sangramento era hemorragia ginecológica ou varizes. Fiz um exame de corpo de delito de forma sigilosa neles e foi constatado que ela teve uma hemorragia recente nas varizes”, disse.
Segundo o delegado, o resultado do exame do DNA só confirmou os dados que ele já tinha. Questionado pela reportagem do G1 sobre como a idosa não teria percebido que estava tendo uma hemorragia, Lopes afirmou que conversou com um médico especialista no assunto durante a investigação. “Ele me disse que não sentir o sangramento é normal porque as veias ficam muito inchadas. Sai muito sangue e chega até a jorrar, mas a pessoa pode não perceber.” No caso da idosa, que é diabética, a situação seria ainda pior, já que ela tem a coagulação sanguínea deficiente por causa da doença.
Lopes falou ainda que decidiu encerrar o inquérito porque também constatou que não houve má fé por parte dos moradores.
Jardim Bizarro
O caso aconteceu na Rua Antônio Bizarro, no Jardim Bizarro, um bairro de classe média de Jundiaí. O casal de idosos, que mora sozinho na residência, percebeu que respingos de sangue apareciam inexplicavelmente no piso e na parede de alguns cômodos. O padre do bairro foi chamado e orientou o casal a procurar a polícia.
Logo após a descoberta do sangue, no fim de junho, os donos da casa chegaram a fazer declarações. Segundo o aposentado de 71 anos, o líquido - sem um cheiro característico - jorrava do banheiro. "Quando eu tomo banho não acontece nada. Quando ela (a mulher) vai tomar banho, começa", afirmou. Segundo eles, o sangue vertia não somente do rejunte, mas da superfície do piso e em alguns pontos da casa chegava a jorrar a até dez centímetros de altura do chão. "Não sabemos o que é, mas não ficamos com medo", disse o morador na época.
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