sexta-feira, 20 de junho de 2008

Sangue humano jorra do chão de casa em Jundiaí

Tiago Dantas, Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Um fenômeno estranho ocorre em uma casa no Jardim Bizarro, em Jundiaí, a 60 km da capital, desde o último domingo. Um líquido vermelho jorra do chão da residência por dois dias seguidos. Amostras foram recolhidas pela polícia. Em laudo divulgado nesta quinta-feira, o Instituto de Criminalística identificou o líquido como sangue humano. Resta saber de onde veio esse sangue e como ele começou a esguichar do chão do imóvel.

Um casal de idosos vive na casa desde 1964. A polícia investiga o caso e o delegado Antônio Ferreira Lopes, do 6º Distrito Policial, pediu exame de sangue deles e da filha para que seja identificado o tipo sanguíneo , mas não encontrou nenhuma pista que ajude a esclarecer o mistério.

Segundo reportagem do "Jornal de Jundiaí", publicada nesta sexta-feira, o delegado trabalha com a hipótese de alguém ter jogado sangue na casa, mas não quis dizer se seria uma terceira pessoa. O delegado admitiu que o caso é atípico e acrescentou que a linha investigatória permanecerá em sigilo. Ele descartou a possibilidade de homicídio dentro da residência.

A pequena casa de parede de tijolos alaranjados fica na Rua Antônio Bizarro e tornou-se o centro das atenções na cidade. Este provavelmente não era o desejo do casal, uma costureira de 71 anos e um aposentado de 65. Considerados calmos e pacatos por vizinhos, os dois pediram para não serem identificados nem fotografados. Nem mesmo os amigos mais próximos têm entrado na casa e a discrição se espalhou por toda a rua. Os poucos vizinhos que comentam o assunto evitam falar o nome do casal.

Domingo, por volta das 17h30. Este foi o horário em que a costureira viu o sangue jorrando no piso do banheiro. Ela estava se preparando para tomar banho. Assustada, tornou a se vestir e chamou o marido, que assistia à partida de futebol entre Brasil e Paraguai. Enquanto caminhava pela residência, a costureira percebeu que poças semelhantes surgiram no piso da cozinha e da sala. Os jatos de sangue atingiam cerca de 20 centímetros.

- Era tão alto que você podia pegar o sangue com um copo - disse uma vizinha, a quem a costureira telefonou logo depois do "fenômeno".

Após a chegada da vizinha, a costureira também notou o líquido vermelho dentro do seu quarto, que, até então, estava com as portas fechadas. Apenas o cômodo dos fundos não foi atingido.

- Ficamos assustados. Nunca tinha visto uma coisa dessas. Pode ser algo de Deus, mas a gente não sabe...- relatou a vizinha.

A dúvida levou a costureira a chamar o padre João Estevão da Silva, da Paróquia Nova Jerusalém, a menos de um quilômetro da residência. O padre avisou a polícia, que coletou o sangue para fazer exames.

As duas amigas ficaram limpando a casa até o início da madrugada.

- Tivemos que usar água quente e álcool. O cheiro era muito forte - conta a vizinha.

- À tarde, perguntei para ela: 'Quer que eu fique aqui?' Ela disse que não. Cinco minutos depois, me ligou. As poças de sangue apareceram de novo, espirrando nas paredes e nos batentes das portas.

Clique aqui para ver a matéria com fotos no sítio "O Globo".

4 comentários:

Anônimo disse...

È triste.Lamentavel. Invergonha.
Mais uma vez a mídia brasileira comprova sua falta de senso jornalistico.Será que em um pais de 180 milhôes de habitantes, um planeta com passados 6 bilhões de seres humanos não acontece nada mais relevante do que uma historinha desta.
Me enoja saber que temos guerras e conflitos espalhados pelo mundo e não se da uma digna cobertura jornalistica, analisando os seus pormenores, consequências imediatas e futuras.
Saber que no Brasil a população anseia por saber dos seus direitos, e esta mídia mediocre faz dinheiro com uma matéria furada desta.
È uma vergonha!


Joel Reis

Rogério Faria disse...

Fala, Big Joe!
Já viu o link que postei do "Projeto Brasil"? Sobre esta preocupação de projeto, um futuro, para este país acho que não tem jornalista mais proativo que o Luís Nassif. Vale a pena! Está em "Recomendados" na barra lateral. Veja lá e conversamos depois.
Nesta matéria do sangue, o que me chamou a atenção foi o embate entre sobrenatural e ciência. Claro que eu acredito que haja uma justificativa racional, mas o delegado está vivendo um claro episódio do "Arquivo X". Vou acompanhar para ver no que dá. Posto o resultado.
Lembra-me a minha caça às bruxas, ao etês, aos capetas na infância.
Abraço.

Anônimo disse...

O duro é o delegado viver um episódio arquivo X nâo você.

Rogério Faria disse...

Pois é. Agora, estou fora da ativa. Aposentei-me.
Torço pelo sucesso do colega.
Abraço.

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