Dou sequência ao
debate sobre a sucessão iniciado pelo Luciano Alvarenga,
que depois contou com ótima contribuição de um paraibunense anônimo.
O debate coletivo travado nas redes sociais é essencial para a troca de opiniões e evolução de uma Paraibuna crítica.
A inelegibilidade da Professora Helô
Bem, abro afirmando que a Professora Helô não
pode ser candidata a prefeita para a sucessão do Barros. Isso é o que diz o
parágrafo 7º do artigo 14 da Constituição da República.
São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consanguíneos ou afins, até o
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo e candidato à reeleição.
A Helô é cunhada do
Barros, parente por afinidade em segundo grau. Logo, é inelegível
para sucedê-lo.
Nesse sentido:
INELEGIBILIDADE. CUNHADO. PREFEITO
REELEITO.
"Na
linha da atual jurisprudência desta Corte, no território de jurisdição do
titular, são elegíveis o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o
segundo grau ou por adoção, desde que o titular não esteja no exercício de
mandato conquistado em face de sua reeleição e se desincompatibilize seis meses
antes do pleito"
(CTA - CONSULTA nº 997 - Brasília/DF; Resolução nº 21661 de 16/03/2004; Min. CARLOS MÁRIO DA SILVA VELLOSO)
Nada impede que ela
venha a competir futuramente, o que será mais difícil. Sendo o Barros sucedido
pelo Vitão, a influência da família diminuirá. Além disso, o Vitão já pode ter
o seu sucessor.
O projeto de poder do Vitão
O Baby surgiu nessa
eleição como uma das novidades, com votação também expressiva e planos
assumidos de se tornar prefeito de Paraibuna. É ele, e o Vitão, que podem
dominar a Câmara na próxima legislatura com quatro vereadores, a maior bancada.
É inegável a força do
Vitão. Nas rodas de conversa nos bairros, é como se ele já fosse o prefeito,
pois é sempre ele que prometeu trazer luz, asfalto, água; nunca o Barros. Além
disso, terá a Helô trabalhando para a sua eleição.
Assim, seria possível
que a candidatura da Professora Helô a Deputada Estadual, como vem sendo comentada,
faça parte de planos políticos que vão além dos limites territoriais de Paraibuna.
E quem seria o
candidato da oposição?
Klinger, candidato a prefeito do PT!?
A princípio, João
Batista, pelo PT, seria o candidato da oposição em 2016. Entretanto, ele ainda não convence nesse papel de líder. Tem
três anos, antes do próximo pleito, para reverter isso. Se o sonho do João
Batista é a prefeitura, ele tem de assumir o protagonismo na oposição e
convencer os descontentes de que realmente pode vencer. Enquanto ele não se
apresentar como um prefeito possível, o cidadão não terá coragem de assumi-lo e
se submeter ao risco de retaliações pelo grupo.
Mas, mesmo nessa oposição relutante,
essa liderança não é tranquila. João Batista e Dr. Fernando, nesta legislatura
que se encerra, foram frequentemente conduzidos pelo vereador Klinger, o qual
também demonstra claramente intenções de assumir o protagonismo político local
– impossível dentro do grupo. Assim, ele já está articulando e
cooptando vereadores, do PT ao PSDB, para liderar a Câmara a partir do próximo
ano. Novamente, ele pode levar o grupo de João Batista a reboque e, quem sabe,
conseguir se cacifar para se apresentar como o candidato do PT em 2016, com
toda a verba e apoio político da legenda, cada vez mais forte na região.
Outros competidores
podem surgir. Há muitos aí que conservam o desejo de ser prefeito de Paraibuna,
até abertamente. Mas, no momento, são inexpressivos.
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2 comentários:
E se houver uma renúncia do Barros no último ano?
Amigo,
Não muda nada. Para a legislação e Justiça eleitoral, é como se o Barros e a Professora Helô fossem a mesma pessoa. Ela só poderia sucedê-lo se ele estivesse em primeiro mandato. Como já foi reeleito, não adianta.
Obrigado por participar.
Abraço.
Rogério
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