No século passado, as noites de fim-de-semana em Paraibuna tinham muita curtição e azaração, além de uma galerinha que adorava uma boa confusão.
Uma molecada xiita se divertia em dar motivos para os estranhos apanharem. Era típico: identificavam um cara de fora sozinho, ou em pequeno grupo, que não aparentasse lá muita força, e o provocavam. Se o rapaz ousasse perguntar o que estava acontecendo, vinham os dez ou vinte mais corajosos e destemidos garotos do pedaço para descer o cacete na ameaça estrangeira.
Conheci um rapaz de outra cidade, de descendência oriental, que freqüentava Paraibuna nessa época. Ele conta que, uma vez, uma paraibunense o paquerava com o olhar, e ele correspondia. Bastou. Um dos briguentos veio intimidá-lo:
- Aí, japonês, você é de fora. Fique esperto!
Meu amigo é baixinho. O valentão, na frente dele, virava um gigante. Mas o japonês retrucou, referindo-se ao interlocutor:
-Por quê? Quem é daqui pode ser bobo assim mesmo?
Naquela época, ele perdia os dentes, mas não perdia a piada.
3 comentários:
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Kuakuakua!
Muito boa!
Não sei se fato, causo ou piada... nunca passei por isso graças a você e os pantaneros!
Abraço,
Cláudio
Fala, Claudião! Juro que é mais ou menos verdade... Saudade de você. Como vão as coisas? Abraço.
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