O baixo nível civilizatório de um extrato da sociedade pode ser constatado quando ao invés de clamar por justiça ela clamar por rigor. Justiça não deve ser rigorosa nem condescendente, ela deve ser justa. Simplesmente.
O rigor seletivo é pior ainda. Quando o judiciário busca o rigor, busca pegar um caso para servir de exemplo, ele é injusto, pois a justiça tem entre outros atributos a constância. Ela deve ser previsível, deve trazer segurança. Se um caso é selecionado para exemplo, se é tratado com mais rigor, significa que todos os outros foram tratados de forma mais condescendente, mais benéfica. Isso é injustiça.
Assim, a justiça, das instituições ou dos homens, é injusta quando é rigorosa com o marginal no bairro da zona sul ou com os corruptos de determinados partidos e não com o empresariado corruptor ou os corrompidos de outros partidos. É o populismo judiciário. Tem seus fãs...
Justiça não serve para aplacar o clamor social ou para dar resposta aos contribuintes ou seja quem for, justiça tem que ser justa, é uma medida exata. Uma decisão judicial quando tem por escopo vingar a vítima, faz de vítimas todos nós, todo o Estado Democrático de Direito.
“Justiça extrema é injustiça.” Marcus Cícero
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