segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
A revolução será tuitada
Somos espectadores da Revolução Internética. Assim como o Iluminismo, a Industrial, atravessamos outro momento que alterará a humanidade.
Até agora, era uma evolução adstrita à tecnologia, adentrando a informação e comunicação. Entretanto, nesta década, ela será responsável pelo início de uma revolução social.
Países sufocados pela ditadura estão vendo seu regime ruir. Jovens nos países árabes, organizando-se pela internet (blogs, Twitter, Facebook), saíram às ruas para derrubar ditadores, como na Tunísia e no Egito. Isso tende a se espalhar. Vários outros países, como a Síria, sentem-se ameaçados, derrubando a internet preventivamente. Dificilmente regimes opressores conseguirão resistir a um mundo conectado.
Em paralelo, está o Wikileaks a exigir uma nova configuração do Poder. A divulgação de documentos oficialmente secretos pode ser questionável em um primeiro momento. Mas devemos observar que muito desses documentos servem para o trânsito de informações espúrias, demonstrando a imoralidade de alguns governantes. Não há como negar o acesso dessas informações ao próprio dono do Poder, o povo. Como o povo vai lidar com essa publicidade? Não se sabe, daí a revolução.
Aqui mesmo no Brasil já vimos como a internet ultrapassa barreiras. Na ocupação do Morro do Alemão, Rio de Janeiro, a população sabia o que estava acontecendo lá dentro por meio de usuários do Twitter. O Estado estava ciente de que cada passo estava sendo fiscalizado e, talvez isso, tenha contribuído para evitar o “banho de sangue”, frustrando a imprensa nativa.
Assim como os governos não-democráticos, os falsos democráticos estão ameaçados. O que surgirá a partir de agora - se a Democracia de fato será alcançada - só o tempo dirá. Uma nova reacomodação pode demorar anos, até décadas.
Seremos apenas espectadores da Revolução Internética?
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