quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sobre a poesia dos outros

Essa é uma das poesias do blog do meu amigo Cabeça. Vale a visita, há textos excelentes.

O Corpo e a Alma

O corpo

Torto
Parece falar mesmo quando morto
Cerne da alma
Procura por calma
Frágil e engenhosa carcaça
Que com o tempo não se disfarça
Genioso nos quereres
Sedento de prazeres
Sente a fome
Que saciada some
Sente o frio
Consequente o arrepio
Sente a dor
Que só se cura com amor
Sente o sono
De sonho ainda sem dono
Necessita de sexo
Mesmo que ainda sem nexo
Tem muita sede
Que às vezes não se compreende

A alma

Torta
Continua viva quando parece morta
Cheia de trauma
Nunca se acalma
Sem muito dizeres
Carente também de prazeres
Sempre se consome
Numa fome sem nome
Seu inverno é mais frio
Que o mais gélido rio
Avessa à dor
Viciada no amor
Nunca cai em sono
Pois é viva mesmo no sonho
Não acha muito nexo
Se sem amar fazer sexo
Sua única sede
É um mistério, só posso dizer-te

Visite o blog do Cabeça

3 comentários:

Odair Pinhal Júnior disse...

Rogério meu amigo, pra mim é uma honra você publicar um meu escrito em teu blog, fico lisongeado...sábado estarei presente na tua festa, um abraço!

Radical disse...

PSI: O Antônio Prata e o Mário Prata não são a mesma pessoa.

Rogério Faria disse...

Radical,

Suspeito que não.

Obrigado por participar.

Abraço.

Rogério Faria

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