O dia mais quente. Sob os seus pés, ele via o sol imponente num ondulante e refrescante céu azul sem nuvens.
Postos lado a lado, vestidos a caráter, mais uma vez eles tinham a decisão a tomar.
Ela ensaiava tímidos avanços molhando as pontas dos pés. Não se sentia segura. Lembrou-se das vezes em que foi deixada ali sozinha, submersa. Além disso, ainda não acreditava que aquele era o homem com o qual queria mergulhar.
“Mas e se ela não entrar? E se eu pular sozinho? E se...?”
Daqui a pouco, as nuvens começariam a chegar. Ficariam cada vez mais pesadas. Então, escuras, despencariam sobre suas cabeças. Aquela água não seria mais convidativa.
À tarde, sempre chove.
Mas, se estivessem ali dentro quando a chuva caísse, talvez a temperatura permanecesse agradável. Veriam o vento forte lá fora, o céu escuro lá em cima, as gotas agitando ondinhas. E, com a água até o pescoço, ainda teriam o calor um do outro. Assim, só talvez, ficariam ali até a pele enrugar.
2 comentários:
Rogerio,
isso dá um conto inteiro.Continua PÔ!
Arrá! Conseguiu comentar! Valeu por participar, Joel. Esse continho era só isso mesmo. Há, também, a falta de tempo para desenvolver algo maior. Mas pretendo fazer. Abraço.
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