E disse o homem da lei:
- Vocês me respeitem!
E todos riram, então. Até que ele ficava engraçadinho falando daquele jeito, de dedo em riste. Apontou para um rapaz e insinuou algo sobre a opção sexual do o sujeito. E disse:
- Vocês me respeitem!
Eu segurei outro risinho bobo que quase saía. Nunca me diverti tanto!
Todo o mundo estava lá. Vi padeiro, pedreiro, padre, compadre.
Daí, o homem da lei falou que não mentia. Olhou nos olhos da turba e disse:
- Vocês me respeitem!
A mocinha que morava na roça, tadinha, não se agüentou, pôs a farofa a fora. Mostrou todos os dentinhos que não tinha.
O homem da lei bateu na mesa e bradou a suposta falta de inteligência de seu nobre colega. E disse:
- Vocês me respeitem!
Ai que dor na minha barriga, dizia alguém. Não agüento mais minhas bochechas, brincou outro.
E o espetáculo seguia, e se repetia. Os palhaços de um lado, a platéia à farra do outro. Só assim.
Atrás do picadeiro, o dono dessa zorra toda a contar e recontar o caixa da bilheteria.
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